Introdução
A décadas passadas, os veículos utilizavam a bateria somente para partida do motor e alimentação de periféricos que não interferiam no funcionamento do motor. Ultimamente, devido a forte eletrônica embarcada nos veículos, o número de módulos conectados e a quantidade de configurações armazenadas o uso e a manutenção da bateria se torna cada vez mais significativo.
A bateria nada mais é do que um acumulador elétrico, similar a caixa-d’agua existente na sua casa, mas o que seria um acumulador elétrico?
Segundo a SECPOWER indústria fabricante de baterias o acumulador é um dispositivo capaz de transformar energia química em energia elétrica e vice-versa, em reações quase completamente reversíveis, destinado a armazenar sob forma de energia química a energia elétrica que lhe tenha sido fornecida, restituindo a mesma em condições determinadas.
Nesta figura, pode-se realizar uma analogia quanto:
- Reservatório = Acumulador – Bateria
- Bomba de água = Alternador
- Consumidores = Módulos, Bomba de Combustível, Atuadores, Sensores, Faróis e etc.
1. Bateria
1.1 Quanto ao Funcionamento
1.2 Quanto a Manutenção
A maior parte das baterias de chumbo ácido comercializadas atualmente e são “seladas”. Essas não necessitam de reposição de solução, as dúvidas surgem a medida que é preciso fazer a recarga dessas baterias e quanto aos testes a serem realizados.
- Para teste realize os seguintes procedimentos: 1) Desligue o veículo e todos os equipamentos elétricos. ; 2) Coloque o multímetro na escala não superior a 20 Volts. 3) Conecte a ponta de prova positiva no polo positivo da bateria 3) Conecte a ponta de prova negativa no polo negativo da bateria. Tensão menor que 12,0 volts a bateria deve ser substituída ou recarregada.
# Test Number 2 – Fuga de corrente – A corrente em vazio é o consumo de energia elétrica que sobra quando todos os acessórios do carro estão desligados. Se a corrente em vazio estiver alta demais, a bateria permanecerá frequentemente em um estado descarga. A fuga de corrente não deve exceder a 0,05% da capacidade da bateria. Por exemplo:
- Para teste realize os seguintes procedimentos: 1) Desligue o veículo e todos os equipamentos elétricos e aguarde pelo menos alguns minutos, veículos mais novos podem ter temporizadores em atuação por até 10 minutos no módulo. ; 2) Retire a chave do contato. 3) Feche todas as portas para que as luzes de cortesia não fiquem acesas. ; 4) Todos os contatos (capota, porta-malas, portas, porta-luvas) devem estar fechados. 5) Tranque o veículo. 6) Coloque o miliamperímetro ou multímetro ligado em série com o cabo negativo e o polo negativo da bateria. 7) O miliamperímetro ou multímetro deve estar em sua escala mais alta. 8) Baixa-se a escala até que se possa efetuar a medição.
- Veículos Leves
- Pesados
#Test Number 3 – Regulador de Voltagem – O regulador de voltagem é responsável por alimentar a bateria e o sistema elétrico do veículo com a voltagem correta. A voltagem é estabilizada entre 13,5 V e 14,5 V para os veículos com um sistema elétrico de 12 V. Se a saída de voltagem do regulador estiver baixa demais, a bateria não será carregada o suficiente, o que resulta em danos permanentes à bateria.
- Para teste realize os seguintes procedimentos: 1) Verificar se a bateria do veículo está boa e carregada. 2) Se não, troque-a antes de iniciar o teste. 3) Instalar um amperímetro entre o cabo negativo e o pólo negativo da bateria.4) Instalar um voltímetro de boa precisão (mínimo 0,5%) com escala que consiga ler décimos de volts em paralelo com a bateria. 4) Ligar o motor do veículo em rotação média e observar o amperímetro. 5) Quando este estiver marcando uma corrente de 5 A ou menos, então se pode ler o voltímetro. 6) Neste momento ele deve estar marcando entre 13,5 a 14,5 volts para veículos com sistemas 12 volts, ou de 27 a 29 volts para sistemas 24 volts. Se a voltagem estiver fora desta faixa, o regulador deve ser substituído por um novo e de boa qualidade.
1.3 Quanto ao procedimento de recarga
Colocar no mesmo circuito somente baterias de mesma capacidade e mesmo estado de carga. Isso evita que as baterias pouco descarregadas sofram sobrecarga quando ligadas no mesmo circuito de uma bateria que necessite maior tempo de recarga. Durante o processo de recarga a temperatura não pode ultrapassar de 50° C, caso ocorro, refazer o processo após a mesma atingir 45°C.
1.3.1 Recarga de Corrente Constante: Ao recarregar a bateria com uma corrente constante, a voltagem aumenta lentamente durante a recarga. No final, a voltagem aumenta rapidamente e o processo deve ser interrompido no valor-limite de voltagem.
Exemplo: Bateria de 45 Ah. Corrente de Recarga: 45 x 0,1 = 4,5 A (10% da capacidade nominal da bateria).
1.4 Quanto a avaliação na hora da Compra
- Ampere-hours (A · h) – é uma medida de carga elétrica que uma bateria pode ser fornecida. Esta quantidade é um indicador do total quantidade de carga que uma bateria pode armazenar e entregar na sua tensão nominal. Seu valor é o produto da corrente de descarga (em amperes), multiplicado pela duração (em horas) para o qual esta corrente de descarga pode ser sustentada pela bateria. Geralmente padronizado pelas montadoras, encontra-se disponível na etiqueta da bateria ou no manual do proprietário.
- Cold cranking amperes (CCA) – é a quantidade de corrente que uma bateria pode fornecer a 0 F (-18 ° C) conforme a Norma SAE J537. A classificação é definida como a corrente um ácido-chumbo A bateria a essa temperatura pode fornecer durante 30 segundos e manter pelo menos 1,2 volts por célula (7,2 volts para uma bateria de 12 volts). É mais exigente teste do que aqueles em temperaturas mais elevadas. Quanto maior, melhor.
- Cranking amperes (CA) ou Marine cranking amperes (MCA) – é a quantidade de corrente que uma bateria pode fornecer em 32 F (0° C). A classificação é definida como o número de amperes de um ácido-chumbo a bateria a essa temperatura pode fornecer durante 30 segundos e manter pelo menos 1,2 volts por célula (7,2 volts para uma bateria de 12 volts). Quanto maior, melhor.
1.5 Quanto ao manejo e armazenamento
As baterias devem ser armazenadas sobre estrados de madeira ( pallet) na posição horizontal e em um lugar seco. Sem incidência de raios solares e com uma temperatura média variável de 10°C à 35°C. A venda deverá ser realizada conforme o processo FIFO ( First in First Out), ou seja, a primeira bateria que entra no estoque deverá também ser a primeira a sair. Empilhamento máximo: 3 bateria acima de 90 Ah e 5 para baterias leves abaixo de 90Ah.
1.6 Quanto as possíveis causas de falha
1) Baixo estado de carga – Um baixo estado de carga é o estado preliminar da descarga profunda. Em um baixo estado de carga, a massa ativa ainda não foi danificada. A
3) Sulfatagem – Se uma bateria for deixada em estado descarregado por um período excessivo de tempo, ocorrerá uma reação química chamada de sulfatagem, a qual pode definitivamente comprometer o seu desempenho. Durante o processo de descarga,
5) Sobrecarga – A sobrecarga é freqüentemente relacionada a uma alta temperatura inapropriada no compartimento do motor. Além disso, um regulador de voltagem
defeituoso é muitas vezes uma outra causa da sobrecarga. A alta corrosão das grades, a massa ativa positiva solta, a massa ativa danificada e o alto consumo de água são as características da sobrecarga. Ao examinar uma bateria sobrecarregada,
6) Desgaste – Durante o ciclo de carga e descarga, o material das placas da bateria (massa ativa) está em movimento devido aos processos eletroquímicos. A cada vez que a bateria passa por um ciclo de carga ou descarga, uma pequena quantidade de
massa ativa se desprende das placas. Esse processo de envelhecimento normal causado pelos ciclos de carga e descarga resulta na perda da capacidade da bateria e, finalmente, a bateria perderá a capacidade de dar partida no veículo ou no equipamento.
Conclusões e Tendências
As baterias de chumbo-ácido mais desenvolvidas atualmente são do tipo AGM ( Absorbent Glass Mat) utilizadas em sistemas que necessitam de alto desempenho como “Start-Stop” . O separador é uma Manta de microfibra de Vidro que age como uma esponja, absorvendo e imobilizando o eletrólito, assegurando total contato da placa com o ácido e plena disponibilidade de carga durante o processo de descarga. A aplicação em “S” (“S wrapping”) da manta de microfibra de vidro é utilizada para eliminar o risco de curto circuito devido a deformações e/ou rompimento de placas no fundo da célula. O objetivo do separador é manter uma distância constante entre as placas positiva e negativa, eliminando, dessa forma, a possibilidade de curtos circuitos diretos, permitindo, ao mesmo tempo, que o material ativo possa reagir totalmente com o eletrólito. A manta resulta também em uma estrutura aberta, que oferece mínima resistência ao fluxo do eletrólito durante o preenchimento e possui elevada durabilidade, capacidade térmica e excelente condutividade.
Ainda sim, a densidade energética (Wh/Kg) e capacidade de descarga (C) é limitada, portanto surgem baterias de alto desempenho como as de Íons de Lítio
- Bateria Toyota Prius- 201,6 Volts
- Densidade Energética: 46 Wh/Kg
- Peso do pacote: 68 Kg
Fonte
2) Baterias Automotivas – Maxxi Training
Agradecimentos, ALR